Stand still como forma de adiar o pagamento de dívidas
Umas das principais consequências da crise econômica é o aumento da inadimplência. Sem receber seus créditos, as empresas ficam expostas ao processo de recuperação judicial ou até mesmo falência. Uma modalidade de contrato que tem sido utilizada com muita frequência desde a crise de 2008 é o denominado stand still, que tem como propósito unir credores, adiar as cobranças e promover o alongamento do perfil da dívida.
O stand still está fora do âmbito da Recuperação Judicial. Trata-se, portanto, de um ajuste que só pode ser realizado mediante a concordância de todos os credores em não tomar qualquer medida em face da empresa devedora até a apresentação de proposta de pagamento. Na hipótese de não se atingir esse quórum, o stand still se inviabiliza, já que o devedor ficaria sujeito a medidas judiciais incompatíveis com o acordo negociado e os credores que o aceitassem poderiam ficar em situação desvantajosa em relação aos que recorressem à Justiça.